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Prof. Alexandre de Sá Freire

quarta-feira, 10 de março de 2010

Vacinas Gênicas e Terapia Genética

Para que não haja confusão entre estes dois avanços da biotecnologia, é preciso prestar atenção:
I. Vacina Gênica
Na vacina gênica, seleciona-se o gene capaz de, uma vez ativado, gerar uma resposta imunológica no paciente. Assim, o paciente torna-se apto a responder às infecções. Os genes selecionados para estudos são ligados a proteínas virais ou bacterianas de patógenos (causadores de doenças).
Os genes dos patógenos são inseridos em pequenas moléculas de DNA circular chamadas de plasmídeos.
Uma vez preparados, os plasmídeos são injetados no corpo do paciente de duas formas:
a) Por meio de injeções intramusculares;
b) Por um mecanismo conhecido como revólver genético, que consiste em colocar os plasmídeos dentro de microesferas de ouro e dispará-las contra a pele do paciente, utilizando para isso um disparador de alta pressão.

Uma vez dentro das células, alguns plasmídeos conseguem penetrar no núcleo. Então, os RNAs correspondentes são sintetizados e, saindo do núcleo dão início a produção de proteínas vindas do gene do patógeno.
A célula, portanto vai produzir a proteína do patógeno e apresentá-la ao organismo como se o paciente estivesse doente. Porém, além do paciente não apresentar a doença, ele fica com o organismo "prevenido"

Veja nas figuras abaixo, um esquema de vacina gênica.




Figura 1. Mecanismos de montagem do vetor (plasmídeo) com o gene de interesse e injeção do gene no paciente.


Figura 2. Mecanismo de apresentação da proteína de interesse para o organismo ativar a resposta imunológica capaz de deixar a pessoa prevenida contra o patógeno.

II. Terapia Genética

A terapia genética caracteriza-se pela inserção de genes saudáveis no genoma dos pacientes. Geralmente, destina-se ao tratamento de doenças genéticas. O diabetes seria um bom exemplo de tratamento, pois é uma doença causada por uma falha do DNA no gene para a insulina.
A terapia genética para tal doença seria conduzida no sentido de inserir o gene saudável nas células do pâncreas responsáveis por produzir a insulina (Ilhotas de Langerhans).

Para injetar tais genes, existem três métodos básicos:

1. Viral
Neste método, os vírus são utilizados como vetores, ou seja, DNAs que possam servir como veículos para carregar o gene de interesse. A desvantagem pode vir de um vetor mal montado que possa gerar uma reação alérgica ou até infectar o paciente. Porém, a vantagem é a alta expressão do gene de interesse.

2. Não viral
Existem vários métodos não virais e um deles é injetar o DNA nú. O problema é a baixa taxa de expressão do gene de interresse. Para resolver este problema, pode-se abrir mão dos lipoplexos e poliplexos para proteger o DNA de interesse.

3. Híbridos
"Foram desenvolvidos alguns métodos híbridos que combinam duas ou mais técnicas, devido a todo método de transferência genética ter falhas. Virossomos são um exemplo: eles combinam lipossomos com HIV ou vírus da gripe inativos. Esse método se mostrou mais eficiente na transferência de genes em células epiteliais respiratórias do que métodos virais ou lipossomais isolados. Outro método é a mistura de outros vetores virais com lipídios catiônicos."


Veja, na figura 3 e na figura 4, esquemas de como funciona terapia genética.


Figura 3. Mecanismo de inserção do vetor no organismo do paciente.


Figura 4. Inserçaõ do gene no genoma do paciente e expressão da proteína de interesse.

3 comentários:

  1. Olá e dá licença ( não fui convidada).
    Mas - que informação boa!
    Sabe? vacinei os filhos com todas as vacinas do tempo da infância deles, e é claro, assim recomendei que fizessem com os netos.
    Porém desconfio tanto do início da tal gripe A quanto desconfio das vacinas.
    Se é paranóia não sei mas hoje não confio mais tanto na isenção da ciência provida por multinacionais.
    Talvez eu seja ignorante mesmo.
    Qto a gripe A - ano passado usei homeopatia como prevenção e funcionou e assim vou seguindo.
    Parabenizo-o pelo espaço.

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  2. Bárbara,
    De fato, o vírus da Gripe A é resultado de uma evolução da gripe comum em Gripe Aviária e depois em Gripe A (suína).
    Concordo também que devemos estar sempre de olho e investigar quando ocorre alguma coisa ou que saiu de controle ou que é "jogada".
    Porém, no caso da gripe A, Dengue e outras, já estamos produzindo vacinas aqui no Brasil mesmo.
    O Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz estão comprometidos com esta causa.
    Por outro lado, se a homeopatia, a fitoterapia ou medicina oriental trazem respostas satisfatórias, por que não podemos tentar ir por esse caminho?
    Fico feliz em ajudar.
    Abraços,
    Alexandre Freire.

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  3. Parabéns pelo blog parece que foi feito recentemente uau!! muito bom...pois, foi muito útil para o meu trabaho de escola hehehe!

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